“eborenses numa gaiola sem serem familiares de Hannibal Lecter ou arguidos de qualquer espécie que não a nossa.Em 2008, uns gajos de Évora resolveram meter-se dentro duma gaiola (…). Fica preso ali dentro alguém, desde que a casa abre até que feche. Confortável, mas lá dentro; no centro de tudo, mas fora do que se passa. Descrevem lapidarmente a coisa no contexto do quotidiano que demasiados de nós conhecem. (…)Quando há, ao mesmo tempo, Guantanamos e clamores pelas prisões no Zimbabué, as razões para umas e outras podem bem vir a estar mesmo na diferença da fugidia leitura dos tempos: entre um De Gaulle preocupado em diluir rancores de guerra e um Sarkosy chateado com a maquilhadora da televisão pública porque, talvez, não sabe/pode combater a guerra dos preços dos combustíveis fósseis e dos cereais ou a fuga de capitais das bolsas europeias para esses primeiros dois bastiões de segura especulação. Seja; com cada vez menos fronteiras, a linha da frente das guerras está mais próxima do que nunca, mais do que ir a casa e voltar.”
Eduardo Sardinha
.hhh
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. A Gaiola...ir a casa e voltar uma instalação presencial numa casa banal
.. ......ou.em.